terça-feira, 2 de março de 2010

OM SHANTI, SHANTI, SHANTIHI!






Toda a gente conhece a Guernica, um painel pintado a óleo com 782 x 351cm, que Pablo Picasso apresentou em 1937 na Exposição Internacional de Paris.

A tela, em preto e branco, representa o bombardeamento sofrido pela cidade espanhola de Guernica em 26 de Abril de 1937 por aviões alemães e atualmente está exposta no Centro Nacional de Arte Rainha Sofia, em Madrid..

O pintor, que morava em Paris na altura, soube do massacre pelos jornais e pintou as pessoas, animais e edifícios destruídos pela força aérea nazista tal como os viu na sua imaginação.


Agora uma artista nova-iorquina, Lena Gieseke, que domina as mais modernas técnicas de infografia digital, decidiu propor uma versão 3D da célebre obra e colocá-la na net sob a forma de um vídeo (ver relacionados no final do texto). O resultado é fascinante e permite-nos visualizar detalhes que de outro modo nos passariam despercebidos. Essa técnica inovadora revela-se um instrumento poderoso para compreender melhor a forma de trabalhar do pintor e até o modo como funcionava a sua imaginação.
Recebido de Stela por email

SAMSARA - MAITRI UPANISHAD


Guernica- Picasso

O samsara é o próprio pensamento.
Com esforço, é preciso purificá-lo.
Aquilo que o homem pensa é aquilo que ele se torna.

EROS E PISQUE



Eros da asa preta, escultura em ceramica, vermelha e preta, foto e escultura: Dila Luna Matos

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Maria Bethânia


Conta a lenda que dormia
Uma Princesa encantada
A quem só despertaria
Um Infante, que viria
De além do muro da estrada.

Ele tinha que, tentado,
Vencer o mal e o bem,
Antes que, já libertado,
Deixasse o caminho errado
Por o que à Princesa vem.

A Princesa Adormecida,
Se espera, dormindo espera,
Sonha em morte a sua vida,
E orna-lhe a fronte esquecida,
Verde, uma grinalda de hera.

Longe o Infante, esforçado,
Sem saber que intuito tem,
Rompe o caminho fadado,
Ele dela é ignorado,
Ela para ele é ninguém.

Mas cada um cumpre o Destino
Ela dormindo encantada,
Ele buscando-a sem tino
Pelo processo divino
Que faz existir a estrada.

E, se bem que seja obscuro
Tudo pela estrada fora,
E falso, ele vem seguro,
E vencendo estrada e muro,
Chega onde em sono ela mora,

E, inda tonto do que houvera,
À cabeça, em maresia,
Ergue a mão, e encontra hera,
E vê que ele mesmo era
A Princesa que dormia.

Fernando Pessoa