terça-feira, 31 de março de 2009

Os olhos

São infinitas as comparações que fazem com os olhares, relacionando com as emoções que expressam.
Se lhe comparo com os pássaros, e o olho vivo e estufado de um cervo, a um lótus e a um peixe carpa colorido.
As primeiras comparações são empregadas nas pinturas que representam as mulheres, enquanto que as outras se encontram nas estatuas de bronze e pedra, dos deuses deusas. Existe, todavia outro tipo de olho, conhecido em Bengala com o nome de “Raja Patol”(*), que não são mencionados em nossos textos sagrados nem em nossa antiga literatura, porque utilizaram com freqüência nos rostos das mulheres que enfeitam os afresco nos templos de Ajanta (**).


Os olhos das mulheres são muito moveis, mas não presumo que só acredite nessa natureza em que nossos mestres estão tentando expressar, ao escolher para compara-los com eles, três animais tão agitados como os cervos, os pássaros e a carpa. Esta comparação surgiu de um modo admirável, a forma e a expressão própria dos diferentes tipos de olhos.





Estes diversos tipos representam diferença muito marcante de caráter e cada um tem sua própria aplicação em sua expressão de emoções e de distintos temperamentos.
A característica dos “olhos dos pássaros” é uma certa alegria festiva; a dos “olhos de uma carpa” é uma mobilidade inquieta; a dos “olhos dos cervos” uma simplicidade inocente; a dos “olhos de pétalas de lótus”, uma calma serena; e, por ultimo, os “olhos de ninféia” são notáveis por sua calma sossegada de suas pálpebras caídas.

(*) Patol, legume próprio da Índia (Trichosanthes Dioeca).
(**) Ajanta, Pode ver fotografias feitas deste templo pela missão Gouloubew no Museu Guimet e no museu Cernuschi, em Paris.

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